Noticia velha ou nova?
- Lima
- 28 de mar. de 2016
- 1 min de leitura

Em fevereiro de 1992, o empresário Pedro Collor, irmão e arquiinimigo do presidente, revelou os detalhes de uma rede de tráfico de influências no governo. As denúncias, investigadas por um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso, levaram à descoberta da rede de corrupção. Na campanha, Paulo César Farias, o PC, tesoureiro do então candidato, arrecadara contribuições milionárias de empresários, com o argumento de que Collor era a única alternativa viável para derrotar Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT).
Após a posse de Collor, as chamadas "sobras de campanha" - somadas a uma fortuna obtida através de transações com usineiros - foram depositadas na conta da EPC, empresa de Paulo César Farias. No decorrer do governo, o esquema PC continuou arrecadando propinas, engordando as contas bancárias de políticos e pagando as despesas pessoais de Collor e de sua mulher, Rosane. Com a extinção do cheque ao portador, o esquema PC começou a usar "fantasmas".
Estes movimentaram pelo menos US$ 32,2 milhões. Nas ruas das principais cidades do país, estudantes - os caras-pintadas (com as cores verde e amarelo no rosto) - pediam ao lado de manifestantes de outros setores da sociedade a saída de Collor, num processo que terminaria no impeachment. Nas passeatas do movimento dos caras-pintadas, eles cantavam o jingle "Ai, ai, ai, ai, se empurrar o Collor cai".
Essa noticia é velha? É verdade, mas porque ela parece tão atual? Basta substituir os personagens pelos atuais. Engraçado que os mesmos que foram os mocinhos agora são os bandidos, a diferença que em 92 os desvios fora de no minimo 32 milhões e hoje são de 32 bilhoes.
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