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Após nove dias, água volta só para parte de Governador Valadares (MG)

  • Diário do Aço
  • 17 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Após nove dias, água volta só para parte de Governador Valadares (MG)

Com a redução da turbidez da água do rio Doce, Governador Valadares voltou a ter abastecimento

Há nove dias sem água, os valadarenses começaram a vê-la jorrando novamente de suas torneiras desde o começo da noite desse domingo (15/11). Um laudo emitido pela Copasa garantiu que a água tinha condições de portabilidade para ser submetida ao tratamento nas estações que atendem a cidade.

Uma força-tarefa formada pelo Serviço Atuônomo de Água e Esgoto, Copasa, Exército, Samarco e Vale atuou no esforço para encontrar uma solução e acabar com o caos que tomou conta da cidade em função da suspensão da captação de água no rio Doce, por causa da lama vinda das duas barragens da Samarco Mineração/Vale/BHP em Mariana.

O Saae publicou um comunicado e colocou carros de som nas ruas para avisar à população que a primeira remessa de água bombeada não deveria ser consumida pela população, mas apenas usada para limpeza, pois a rede de abastecimento poderia ter resíduos.

As mineradoras também anunciaram que enviariam a GV uma estação móvel de tratamento de água para ampliar o tratamento do líquido captado no rio Doce, que uma semana depois apresenta considerável queda no nível de turbidez, depois da passagem da onda de lama das barragens estouradas.

A expectativa é que, a partir dessa segunda-feira (16/11) todas as casas voltem a receber água do rio Doce. Ao longo da semana, o abastecimento será normalizado, acabando com o sofrimento de milhares de pessoas, que passaram a semana em um clima de caos, sem água.

O anúncio da volta do abastecimento foi feito no começo da noite de sábado pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). O ministro da Integração, Gilberto Ochi, e a prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa (PT) também participaram da entrevista em que o governador anunciou a medida.

Pimentel esteve na cidade para uma reunião com o comitê de risco montado no município. No encontro, apresentou um laudo atestando a possibilidade do retorno da captação, feito pela Copasa. Para que o serviço volte a ocorrer, será utilizada uma substância coagulante chamada polímero de acácia negra, que funciona decantando com mais rapidez os metais presentes na água, como ferro e alumínio.

Nesse processo, a água do rio Doce passará por uma "retrolavagem", ou seja, passará por tratamento quantas vezes for necessário antes de ser bombeada para a população.

O diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Omir Quintino, informou que, antes de a água ser liberada para o consumo, serão feitos vários testes. O tratamento será retomado nas cincos estações existentes na cidade.

Na entrevista coletiva de sábado, a prefeita Elisa Costa garantiu que os caminhões-pipa e as caixas d'água que são utilizadas para abastecer a população serão mantidos.

O ministro da integração informou que a Samarco está enviando uma segunda Estação de Tratamento de Água (ETA) móvel que chegaria à cidade no domingo (15), capacitada a tratar 120 litros de água por segundo.

Foi divulgado também, no encontro, que o município receberá água captada dos rios Suaçuí Pequeno e Grande, independentemente da captação do Rio Doce.

Desabastecida desde 8/11, depois da passagem da onda de lama que desceu pelo rio com o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco/Vale/BHP em Mariana, a cidade de Governador Valadares viveu uma semana de caos, sem o abastecimento normal de água potável. O paliativo de caminhões-pipa gerou filas em todos os bairros.

Metais pesados

O diretor do Saae destacou que um laudo comprovou que não há metais pesados no rio. Com a redução da poluição do rio, o curso d’água atingiu uma condição em que a água poderia ser tratada novamente, mas essa decisão ficou atrelada à dependência de exames comprovarem o nível de presença de metais pesados na água.

O Saae divulgou que apenas o nível de manganês não é considerado normal, mas que isso não impossibilita o tratamento.

Querosene

Sobre a polêmica da presença de resíduos de querosene na água que chegou a Governador Valadares, levada por vagões tanque da Vale, a prefeita Elisa Costa reafirmou na coletiva que parte da água fornecida pela Vale nesta sexta-feira (13) estava imprópria para abastecer a população, por causa da presença da querosene.

Costa apontou que, provavelmente, o produto estava nos vagões que fizeram o transporte da água. A prefeita destacou que a Samarco contratou uma empresa para fazer a limpeza do Rio.

“É preciso mudar completamente a nossa relação e comportamento com a água. Tem que ser uma relação nova, de economia, de cuidado, de atenção, pensando no futuro”, concluiu Elisa Costa.

 
 
 

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